terça-feira, 24 de julho de 2018

A segunda-feira começou e terminou horrorosa. Você trabalha em casa, bota a roupa na máquina, faz faxina, descobre, depois de um fim de semana cheio de expectativa, que não foi possível concretizar internet em casa, berra e xinga ao telefone, chora, até tenta ligar pro namorido (ele não atendeu), termina faxina, prepara a janta aos prantos. Toma banho, veste o short do avesso sem perceber, vai pra rua comprar a coca-cola do homem, guarda a coca, pega a cachaça, toma uma dose de cachaça. Relaxa no escuro. Namorido chega. O que é que houve? Não houve nada, mas também não há internet. Explico. Percebo o short do avesso e desviro. Choro lavando louça pra não chorar na frente dele. Ele toma banho, teve um dia de cão no trabalho. Sento no vaso em companhia. Brigamos. Ele diz que ando muito mal humorada, que isso tá chato. Eu entendo. Viver a dois é muito inédito pra mim. Parece que ando exigindo demais e fazendo por menos. Estamos tristes. Jantamos. Ele elogia minha comida como sempre. Agradeço. Ele se prepara para deitar. Arrumo a cozinha e vou tomar banho. Me deito ao seu lado. Melhor momento do meu dia, mas ele não sabe. Esqueci de falar, por orgulho. Não pode: tenho que aprender a deixar que ele saiba o quanto estar com ele é bom. Porque é bom de ouvir, todo mundo gosta. Eu erro querendo acertar, e não sei como consertar, daí me sinto mal. Eu deito e apago. Ele demora. Daí eu acordo na madrugada e ele consegue dormir. A gente tem a regrinha de nunca dormir brigado. Estamos tentando.





O frio me dá tanto sono. Domingo é meu dia predileto, caso eu não tenha nenhum compromisso. Então faço nada, muito nada, nada, nada, durmo, acordo, nada. Preguiça, muita preguiça. Faço e apago posts mentais. Bom frisar que estou fazendo Zumba durante a semana. Rigorosamente. Mas, no frio, estar junto de alguém, cada um fazendo o que gosta, em silêncio, com certeza é uma das coisas mais sexy. Neste post mental, por exemplo, eu escrevo e ele joga videogame.
Amor é meu assunto predileto, na verdade é o único que existe.
Não quero repetir assunto, então é melhor nem falar nada.
A-mo.