quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O caso de Eloá

Quem já sentiu amor de verdade? O que é o amor? O que nos faz amar uma pessoa?
Esse caso de "sequestro" efetuado por um 'homem' que se sente traído pela 'mulher' amada, me leva a pensar no que é realmente sincero, o que pode ser uma doença, o que é um desequilíbrio psicológico...
Não dá. Decididamente não dá para cair nessa de que por amor se é capaz das maiores loucuras. Toda loucura tem por limite um abismo. Creio eu que se há amor, não há sofrimento. Pois quem foi que disse que amor e sofrimento são proporcionais? São inversos e por essa característica que os difere, são heterôgeneos.
Mais de 70 horas mirando um revólver na cabeça da mulher que se ama?? Louco.
E não é louco de amor, não, não (me)se engane. A história acontece em Santo André, SP, Lindemberg, 22 anos, mantém a ex-namorada, Eloá, 15 anos, em cárcere privado, há três dias, incoformado com o fim da relação de quase três anos.
O mais esperado é a cobertura que a mídia faz do caso. Apenas no programa do Datena, na Rede Bandeirantes, foi que eu escutei o apresentador se manifestar como se quisesse aconselhar o rapaz traído. As outras emissoras cobrem o caso, estão fazendo seus plantões, mas não se vê preocupação no fim do caso, obviamente, na busca pela audiência.
O rapaz que, em uma das vezes que fez aparições na proximidade da janela, chegou a colocar uma camisa do time do São Paulo, mobilizou os dirigentes do clube de futebol, que decidiram ajudar no caso, auxiliando na negociação com Lindemberg, que já se pronunciou avisando que não pretende matar ninguém e nem se suicidar.




terça-feira, 14 de outubro de 2008

Outro dia conversava com dois amigos de Comunicação Social, e eis que falavamos do personagem Zé Bob, jornalista, papel de mocinho, cara super do bem. E a gente não sabia direito o que o personagem fazia: repórter fotográfico? Escritor? Jornalista investigativo?? Super-Homem??
Achei um texto quando pesquisava se outras pessoas falavam nesse assunto.
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“Zé Bob” é ilusão, meu povo!
06/09/2008

por Thiago Borges

Hoje, cheguei mais cedo em casa a tempo de acompanhar as notícias do Jornal Nacional, tirar uma soneca durante o horário eleitoral e ver um pouco da controversa novela A Favorita – cheia de suspense, tramas obscuras, mocinhas que viram vilãs e vice-versa. Mas o “engraçado” é se ver interpretado (ou não) em uma novela, esse símbolo cultural brasileiro que reflete a nossa realidade (reflete?). Agora consigo entender por que enfermeiras, policiais, modistas e camelôs criticam novelas… Quando tem um personagem camelô, ele sempre está de bom humor, trabalhando de sol a sol e com um largo sorriso no lábio – como se a vida dele fosse fácil. É a mesma coisa com o tal Zé Bob. Ele é o jornalista da novela, um mocinho como qualquer outro que tem como missão livrar o bem das garras do mal sem se deixar seduzir. Mas não é bem assim na vida real, caro leitor. Você, que deve estar aí pensando no próximo capítulo da novela das oito… Você, leitora inocente, que sonha em ter um jornalista como Zé Bob para te salvar… Você, internauta adolescente, que quer seguir a carreira de jornalista porque achou a profissão um tanto quanto cheia de adrenalina… Vamos à realidade!

1° - Super jornalista? Impossível! Por mais que as redações estejam defasadas e os funcionários de determinado veículo acabem acumulando funções, não dá para uma única possível cobrir todas as áreas, todos os assuntos de interesse público. Zé Bob, por exemplo, cobre política num dia e feira das tulipas em outro (além de tirar fotos, é claro)

2° - Incansável? Outro erro aí! Pode tomar café à vontade, cheirar cocaína, ter uma pilha de coisas para fazer. Sete matérias pra escrever… Uma hora o cara vai se cansar e ter de parar recuperar a energia perdida. Zé Bob ainda não apareceu dormindo nessa trama.

3° - Sortudo? Ao contrário do nosso herói da dramaturgia, que tem a bruxa boazinha do Castelo Rá-Tim-Bum como editora-chefe, a realidade é bem diferente. Na maioria das vezes (salvo raras exceções), em especial em jornais diários, repórteres são tratados aos berros por seus senhores.

4° - Catador? Mesmo com todo o trabalho do mundo para fazer, Zé Bob encontra uma brechinha entre uma cobertura e outra para cortejar as beldades da novela. Fala sério!

5° - Cadê o distanciamento do fato? Se fosse real, Zé Bob estaria cometendo um grave erro profissional por ter se envolvido com uma de suas fontes – a Donatela. Cadê a imparcialidade, oras?

E você, o que acha de tudo isso?




sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Orixás deixam de ser nome de ruas de Feira de Santana-BA


A Rua Xangô virou São Lucas. A Rua Oxumarê agora é denominada pelo nome bíblico Rosa de Saron. A Rua Ogun Sete Linhas foi transformada em Rua Maranata, termo aramaico que significa 'O Senhor vem'. Coincidência ou não, os orixás que davam nome a ruas de Feira de Santana, segundo maior município da Bahia, a 110km de Salvador, perderam terreno ao longo dos anos para termos bíblicos ou nomes de pessoas.
Publicação do CORREIO.






terça-feira, 7 de outubro de 2008

Crônica - Bilhete a um futuro político

Prezado e futuro,

Em meio a um congestionamento, confesso que sou uma pessoa péssima para avaliar, pois foi o ano em que continuei não assistindo o Horário Eleitoral, mas gosto de ano de eleição, que é quando as coisas andam tão rápidas quanto as obras da Av. Oceânica.
Eu gostaria de de te deixar duas dicas para fazer, um pouco, a diferença em seu mandato. Minha primeira dica é para não subestimar o eleitor. Mesmo convicto de que enrolar peixes e assemelhados é missão nobre, saiba que há olhos críticos e perspicazes espraiando-se por aqui. Quando o líder deseja que o coro responda, ele grita, COMPROMISSO, e o côro responde Compromisso! Compromisso!
Segunda dica: um mandato exige uma habilidade do eleitor, a de presumir que há muitas outras informações ausentes, aprenda a lidar com essa habilidade de seu público. Não se esqueça de esclarecer alguns fatos, anunciar aprovações de leis e responder aos e-mails.
Não repare, muitas pessoas vão dizer que gostaram de sua obra que enfeitou a tal calçada ou tal viaduto, mas serão incapazes de lembrar do que realmente se tratava, isso é mau sinal.
E por último, faça tudo bem diferente de seu antecessor, senão, vão te acusar de imitação e falta de palavra.
Tomara que o senhor descubra que política é coisa de quem tem competência; política não é para aventureiros de última hora.


Até breve.




quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Matéria III

PAUTA
Dia das crianças tradicionalmente aquece o mercado de brinquedos. Normalmente tem algum tipo de artigo na moda tanto para as meninas como para os meninos. Há alguns anos atrás a coqueluche da molecada era o Playstation. E agora? Qual é o principal sonho de consumo de meninos e meninas?


Todo ano é assim, o dia tradicional das crianças aquecendo o mercado de brinquedos. Entre a garotada o brinquedo que estava entre os dez dos sonhos de consumo até então, era o Playstation – jogo de videogame. A molecada ainda curte brincadeiras em que elas possam se socializar, demonstrando que, mesmo com a modernização dos brinquedos, há espaço para as brincadeiras de rua, pega-pega, esconde-esconde e pula-corda, por exemplo.
Enquanto não surge aquele brinquedo super desejado as crianças se encantam, por exemplo, com um adereço muito utilizado por artistas circenses, o Diabolô. Os meninos estão no meio de uma febre de jogos on-line, bicicletas e futebol. Tivemos a febre musical da turma do RBD. As meninas, que vem naturalmente influenciada pelo instinto maternal, adoram as bonecas, e, a exemplos de mulheres na família, querem maquiagens, roupas e acessórios descolados, assim como umas “bolinhas mágicas” feitas de silicone, “que são cultivadas na água, e que em determinado tempo, estouram, se multiplicando. Já tenho quase o dobro de bolinhas coloridas, é muito legal!”, conta Biatriz, 11 anos, que ganhou as bolinhas de presente de uma amiga da escola.
Apesar de tantas opções, um grupo de amigos, entre 9 e 11 anos, que moram em um conjunto, sabem dividir o tempo entre as modernidades e as brincadeiras que as ajudam a manter um círculo social saudável. “O que a gente mais gosta é esconde-esconde. Mas brincamos de tudo! E o legal mesmo é quando a Associação do Conjunto promove um dia inteirinho de brincadeiras”, conta Felipe, 10 anos.