domingo, 28 de setembro de 2008

Matéria II

PAUTA
As “barracas” do bairro do Imbuí, que se tornaram points dos jovens já há alguns anos, estão passando um processo de modernização. O que será que motivou a mudança? Vamos fazer a matéria sobre o que muda no visual do bairro e o que os donos das barracas, que mantém o modelo tradicional, opinam sobre a diminuição de sua clientela para as barracas mais elaboradas. O que essa barracas tem de diferente em relação às outras?



Um ótimo refúgio para uma cervejinha com tira-gosto na companhia dos amigos, o bairro do Imbuí possui as “barracas” que já se tornaram uma das marcas da paisagem e da economia local e atualmente funcionam como bar e restaurante.
O bairro está crescendo, e já há algum tempo vem ficando cada vez mais valorizado, com isso os donos dos empreendimentos, unido a Associação de Moradores, sentiram a necessidade de expansão, a aparência e mais cuidados com os limites de cada barraca.
A Barraca do Bosque é uma das pioneiras nesse cuidado com a vigilância sanitária ao aumentar e melhorar seu atendimento ao público. Seu dono, srº Ney diz que o que realmente motivou a mudança foi a exigência dos moradores na questão da aparência, “porque parecia desleixo e não fica bem para um bairro em crescimento ter o redor dessas barracas um monte de mato, dando a sensação de sujeira”, relembra.
Tanto sucesso no bairro fez com que duas barracas inovassem e mudassem inclusive o estilo, dando aos passantes a sensação mesmo de um grande e gostoso espaço, com armações modernas e estilo diferenciado para atender a um público cada mais exigente. Vale ressaltar inclusive que, tal valorização do bairro diversificou a clientela e existem outros tipos de serviços além das barraquinhas tradicionais: uma barraca para vender água de coco – ao invés de um ambulante vendê-lo com isopor; baianas de acarajé; barraca de comida japonesa; barraca de pastel; ou seja, para todos os gostos e estilos. A esteticista Sônia Coelho, moradora do bairro há 25 anos, diz que adora a barraca de comida japonesa, e que se sente segura em saber inclusive que alguns dos donos de barracas são seus vizinhos, portanto jamais vão deixar a desejar no quesito “aparência” do seu próprio bairro.
Não tem como negar que o lugar é o ponto de encontro completo para amigos. Com tanta diversidade é uma combinação perfeita de lugar e gente bonita e uma ótima opção para conquistar novos amigos e paquerar bastante.



quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Crônica

Fazendo um paralelo entre o conto "Pai contra Mãe", de Machado de Assis, e o filme "Quanto vale ou é por quilo?"(2005) do diretor Sérgio Bianchi, adaptado do conto de Machado.







Quanto vale um pé quentinho?

Uma hora tem que começar, talvez agora seja a hora, ou não.
Para que tanto exagero se isso é só um artigo? Mostrar aos outros o que você sente em relação ao mundo.
Exposição que rima com inibição, apesar da contradição.
Mas o importante são as ações.
Falar sobre as intrigas e a ausência de gentileza. Paciência. Paciência. Paciência. A vida não pára. Salve Lenine e a música que me acalma um pouco, com a letra de alguém que entende o mundo. O que falta nele é: tolerância. E da minha parte, há a busca. Acho que o tempo de delicadeza é cheinho de paciência pra todo mundo. Mas creio que, o que falta no mundo, primordialmente, é isso: gentileza.
A pessoa passou três anos e meio dentro de uma faculdade, estudando, obcecada por tirar boas notas, fez (quase) todos os trabalhos dentro dos prazos, (quase) nunca faltou, estuda o que gosta e o que não gosta, acreditando que vai se tornar assim uma pessoa menos medíocre.
E tem o Miguel. E outros moleques tão iguais quanto.
Miguel, um menino magrelinho, que me vendeu bala na rua.
Perguntei o que ele queria ser quando crescer.
Disse-me: "O que for mais fácil..."
(ploft!)
Daí, insisti: "Mas qual o seu sonho?"
(ploft!)
"Meu sonho é ser escritor", disse com um sorriso que rasgou minha cara.
E sabe, eu sentaria com ele e conversaria por horas. Tomara que ele esteja dormindo com os anjos (deveria ser proibido as pessoas destruírem nossos sonhos).
Para mim, conversar um pouquinho com ele foi um momento de delicadeza, de ingenuidade e de tentativa de construir um mundo melhor. Rindo sempre, com a leveza de ser criança.




quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Minha primeira "matéria"!


Festa de São Cosme e São Damião


Além de início da primavera, Setembro também é o mês de comemoração do dia de São Cosme e São Damião, os santos gêmeos. É tradicionalmente difundido pelos baianos e pelo sincretismo religioso, quando preparam o caruru, comida à base de quiabo frito no azeite de dendê, que simboliza a festa do dia 27 de setembro.
Para os católicos, devotos dos santos, é dia de missa, de fazer pedidos e acender velas. Muitos fiéis fazem promessas para alcançar as graças com a ajuda ‘dos meninos’ (sic), pois, “pedindo a dois santos de uma só vez, a graça vem mais forte”, diz d. Joana, 88 anos, dona de casa e natural de Ilhéus (BA). Para os adeptos do candomblé, a festa é uma oferenda aos Ibejis – orixás equivalentes aos santos gêmeos. Por isso no decorrer da comemoração o caruru é servido primeiro às crianças, em seguida para os outros convidados. Também ocorre a distribuição de doces, pois, sendo orixás infantis, os santos gostam de guloseimas.
Não é à toa que a aposentada, d. Marivalda, 54 anos, leva a tradição há trinta e dois anos e assim como a sua mãe, fez promessa, recebeu a graça e cumpriu durante quinze anos o caruru dos santos, que ela mesma prepara, e alerta: “não gosto de comida ‘dormida’ e nem congelada, ‘os meninos’ também não, por isso preparo tudo de um dia para o outro, durante a madrugada.” Mesmo depois da promessa cumprida, d. Marivalda permanece com o compromisso, “porque se tem um ano que deixo de fazer o caruru, a vida desanda”, diz. No Centro Histórico da cidade, baianas se unem e festejam o dia dos Ibejis, distribuindo gratuitamente o caruru, acompanhado de arroz, feijão fradinho, galinha, vatapá e pipoca.