segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“Pitanga é ruim, mas é bão”

Eu não sou doce como pitanga, nem amarga, eu choro e sorrio com intensidade, eu sou querida e por vezes odiada. Possuo uns 10 pézinhos de pitanga aqui no meu quintal. [Meus vizinhos são parentes-não-sei-que-grau de Camila, aquela moça talentosa da televisão. E pelo que sei, o velho Seu Pitanga gosta mesmo é de ficar na casinha da Ilha (de Itaparica), onde passa longas temporadas, com seu cão chamado Sushi. Tá certo ele.] Colher pitangas é um verdadeiro exercício de disfarçado constrangimento - não olho para lado nenhum que não para as pontas dos galhos, com receio de encontrar algum olhar de censura, pois que há uma circunstância que não está a meu favor: não fui menina de convivência com pitangueiras ou quaisquer outro pé. E o que tenho a meu favor? feiras e mercados não vendem pitanga. É fruta que recusa o comércio: não dura, amassa na manipulação, fere-se, fica passada, mela, fermenta. Portanto a pitanga – exceto a Camila – não é bem vista nos meios rurais, que ela só serve para entreter namorados que, sob a desculpa de colher pitangas, se escondem por horas a fio entre pitangueiras. Lá, já me disseram, ficam um bom tempo não se sabe o que fazendo. Estarão engolindo os caroços?
Eu não me sinto daqui, mas gosto daqui. Eu sempre tenho tanto a dizer e quando falo não digo nada com nada... Eu vago no espaço a procura de respostas, mas já entendi que algumas coisas, certas e imutáveis, nunca serão respondidas. Eu acredito no céu, assim como em deus, assim como na natureza e nos homens. Eu gosto do mar, de fotografia e de doce-de-leite. E eu tenho o santo forte! E só quero colher em paz minhas pitangas caseiras e desfrutar deste não fazer nada tão agradável, nestes dias de "horário de verão" (#cinismo).



domingo, 20 de dezembro de 2009

É verdade que, quanto mais a gente toma conhecimento das coisas do mundo, menos interessante ele se torna?




quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ternura eterna

"Prefiro enfrentar um soldado a um jornalista"
Che, de Steven Soderbergh



Estou ansiosa para ver o filme. Eu sou fã da história dele.
Ele é um mito, convenhamos. E por enquanto está no topo da lista de meus heróis (porque precisamos tê-los). Um cara que cuidou do que era dele, com asma, com limitações diversas. A revolução de Che começa dele para ele mesmo. De outro modo, como nos lamentar mesmo por tudo o que gostaríamos de ter feito mas não fizemos?









quarta-feira, 15 de abril de 2009

Será que Caetano vai gostar?

A Bahia tem muitos estilos. Na música isso não é tão difícil perceber, para quem vive aqui, claro.
A indústria vive para o Axé Music, mas a Bahia vai além. É muito mais que isso, e tem muita gente bacana tocando por aqui. Eu gosto dessas bandas independentes, de estilo alternativo, que encontra no rock´n´roll, na MPB, no samba de roda do Recôncavo, na música eletrônica, no rocksamba à moda dos Novos Baianos, no triphop, na velha bossa nova, no forró, as muitas caras da cidade.
Li a respeito da Marcela Bellas, fui ao site conferir seu trabalho. Gostei bastante das músicas, me deram muito prazer em escutá-la. Em uma entrevista à Revista Muito, do jornal A Tarde, Marcela conta que o nome do disco se deve a sua grande admiração pelo Caetano Veloso. Para mim vem bem a calhar, pois se Caetano consegue gostar de Psirico - quebrando o tabu de que os intelectualóides não podem gostar do simples, do que vem a ser do povo, só nos resta saber se os outros tantos metidos a pseudo-cultos são capazes de largar o copinho de whisky, e seus best-sellers para apreciar um som que nem requer compromisso.




Site da Marcela Bellas





sexta-feira, 3 de abril de 2009

Baianidade - Crônica

A Bahia da caricatura é aquela na qual as pessoas de fora vêem uma rede esticada, muito suor e muita preguiça. Digo que é folclore. Não apenas pelo fato de ser baiana e falar de baianidade, me ligando diretamente às minhas raízes, devota que sou de Nossa Senhora do Dendê. Salvador é uma cidade vibrante, cosmopolita, que está bombando na área imobiliária.
Falar de baianidade em si não é somente a descrição exata das festas populares ou dos nossos traços marcantes, ditos como baianos. Na realidade, não é nem mesmo uma filosofia de vida ou doutrina zelosa a qual nós, nos entregamos de corpo e espírito – apesar de que tanto o corpo como o espírito têm muito haver com o assunto. É ser em uma simples palavra, baiano. Que não é lerdo, ou devagar. Ele só não é bobo de ter as angústias que os outros têm.
Tem gente que acha que Salvador dá choque – choque de culturas quero dizer. Essa história do carnaval o ano todo, do sossego radical, do timing só do baiano. O verdadeiro choque é de outra natureza: é o choque da magia que perfuma o ar, de uma malemolência que não tem a ver com indolência, de uma paisagem que não há pressa nem tensão que consiga estragar. Numa outra crônica que escrevi enquanto morava no Rio de Janeiro, eu dizia que a vontade de Bahia está acima de qualquer problema. Problemas no trabalho: Bahia; briga na família: Bahia; fim de namoro: Bahia... Por que só há no mundo um lugar que permita todos os gritos, sem profanar o sagrado de cada silêncio. Bahia de Todos os Santos e a benção de problema nenhum.
O baiano sabe sentir – ao pé da letra – sua cidade. A relação do morador com Salvador é sensual, afetuosa, emocional. Depois de algum tempo surgem outras imersões. Mergulhe no candomblé: culto de beleza e de tolerância. A Bahia, a começar por Salvador, é a garantia de que o Brasil nunca perderá seu sangue negro e sua raiz afro. Não por acaso o Brasil foi descoberto na Bahia. Aqui foi que tudo começou. E no fundo, todo brasileiro se sente íntimo da cidade, mesmo sem nunca ter posto os pés aqui.
O Rio deu Villa-Lobos, Tom Jobim e Chico Buarque, mas nenhum deles se empenhou tanto em descrever a cidade como Dorival Caymmi fez com sua terra natal. As pessoas não precisam vir até aqui para saber como é a Lagoa do Abaeté, a procissão para Iemanjá... Caymmi criou até samba-receita para revelar como se faz vatapá. Sem falar de Jorge Amado e Carybé (ter nascido na Argentina foi um mero acidente para o pintor), que carimbaram imagens definitivas em nossos cérebros. Quem vem de longe, e ouve o seu chamado, logo sente o afago da doce brisa desses ventos elísios, como bem descreveu Vinícius de Moraes, "que é bom passar uma tarde em Itapuã”.
A Bahia de Todos os Santos, cidade de dois andares e muitas colinas, perdeu o medo de se sentir radicalmente contemporânea, mesmo porque o hálito de mudança urbanística, cultural e social que dela emana hoje não compromete a tradição, porque a Bahia não pode viver sem sua abusada tropicalidade. Isto é um pouco da baianidade que te juro, não sei nem um décimo: o sorrir do corpo, o rejubilar da alma, numa sincronia encontrada apenas aqui, na Bahia.


E você, “... já foi à Bahia, nêga?”

Não?

“... então vá!”








quarta-feira, 25 de março de 2009

Essa ruga entre as sobrancelhas. Celulite nas coxas. Os ombros mais arredondados. Mas a melhor coisa que a idade tem me trazido é o livre arbítrio pra chorar. No cinema, vendo televisão e ouvindo Elis.

A idade me ensinou a chorar sem autopiedade nenhuma, chorar pra pôr pra fora uma emoção qualquer, boa, ruim. Chorar sem por isso me achar uma mulher pequenininha e covarde. Quando eu era menina me sentia uma frouxa idiota quando chorava. Mas agora eu sou gente grande, posso viajar sozinha, tomar porre, assinar cheque, responder em juízo, comer feijoada de noite, e chorar sem ter de me transformar na criatura mais mulherzinha-frouxa-covarde-desprezível-feia-boba e cara de mamão do planeta.

Chorar, pôrra, por que tô com vontade, vão todos se lascar, os indecisos, os esquisitos, os anormais que eu amo (e desamo, com voraz facilidade), vão todos sentar na graxa, pro raio que os partam, que o choro é livre e constitucional, e eu choro quando quiser, ou não choro, se não quiser também.

Me deixa, ou me abraça, ou fica perto, ou fecha a porta e some, ou abre a porta e chega como se tivesse vindo de outra galáxia. Mas não repara que eu tô morrendo de vontade de chorar e quero ver quem é macho o suficiente pra impedir uma mulher do meu tamanho de fazer o que quiser.



(Abril de 2005)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Assuntos da semana

As constantes vítimas fatais da dengue hemorrágica na Bahia é de ficar de cabelo em pé. Vamos agir, minha gente! Cuidem do lar, da vida ao seu redor.
...
"Olha só, meu amóooor... hahahaha", foi para outro plano uma das figuras mais amadas/odiadas: Clodovil Hernandez. Confesso, fiquei meio balançada, porque quando uma pessoa eterna morre, nosso mundo dá uma balançada: pois é, um dia acaba mesmo.
Ele não tem uma história. Ele é. Para o bem ou para o mal. Como Dercy, Hebe e Silvio Santos. Só fiquei lembrando da homenagem que fizemos a ele na Rádio produzida por nós, alunos, a Rádio TIComuniK!!!
Para quem não sabe, Clô, estava Deputado e lutando pela diminuição da quantidade de deputados que não fazem NADA naquela joça.
Agora, se Silvio Santos bater as botas, aí eu não vou guentar. Com esse sinal do fim dos tempos, eu peço pra sair!





terça-feira, 10 de março de 2009

Eu sou muito bocó, mas tenho muito amor no coração. Releva?

Engraçado escrever sobre desejos e eles ganharem força... Tô falando da chuva de ontem à noite. Não lembro bem quantas vezes tomei banho de chuva com certo ar de satisfação. Não, e não rodopiei e pulei toda molhada. Segurei a minha onda. Mas, se bem que, tinha um sorrisinho amarelo nos lábios.
A boa nova não aconteceu como eu gostaria, mas eu sei que vai chegar a minha hora.
"Coisas ruins acontecem a pessoas boas; a maioria das pessoas só atende a seus próprios interesses e vai tentar prejudicar mesmo que não leve vantagem nenhuma nisso". Mas, tá, "eu tenho" Cissa e suas fofices se repetem, o que ameniza qualquer situação. Cissa é uma cã que só falta falar, mas para deixar o rumo normal das coisas deram a ela o direito normal de latir. Mas ela é inteligente apesar de ter pessoas que não acreditam na inteligência canina, mas né, pessoas doidas, vamos combinar. Que não pode ser burro um bichinho desses que toda santa noite se acha no direito de pular na minha cama, se enfiar debaixo da minha coberta, roçar seus pêlos em mim só pra dizer: "opa! chega pra lá que eu tou me aconchegando já!". Ela sabe que tem a hora de trocar água e que ela vai poder beber água fresquinhammm, e também se alimentar. Ela é espertinha, engraçadinha. Sabe o que quer dizer bola ("Cadê a bola?", significa que é hora de uma brincadeirinha à toa no corredor de casa), e "Sai daí, Cissa, senão vou pisar em você sem querer!". Eu sei que isso tá parecendo Marley & Eu, mas ela tã fofa, que sempre vai ter espaço aqui neste lugar hômilde que é meu. Agora mesmo ela deitou perto do meu pé, estratégicamente para triscar a patinha nele e pedir carinho, e, por tabela, o seu cheirinho acabou de me lembrar que hoje é dia de banho.





quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

'No Carnaval do Imprensa, quem dá ordem é o Rei Momo'

(Composição: Obama, Osama, Kitchner, Elton John, Madonna, Jesus, Cícero do Capela e mendigos da Cinelândia)


O Imprensa vem lançar a utopia
Manchetes para este Carnaval
Que bom se não fosse fantasia
Rei Momo editor do meu jornal

Obama toma um porre com Osama
E seu Fidel saiu chamando o Raul
Nós vamos mandar "paz" pra Bagdá
A Zona Norte abraçou a Zona Sul

Que papo é esse? Cada um no seu quadrado?
No Mercadinho, "tamu junto e misturado"
Que maravilha, pode aplaudir
Ô abre alas, nosso bloco vem aí

A chuva cai, mas não inunda
Nada de crise, cerveja abunda
Até o Lula é meu leitor
Não tem mais choque e meu Rio é só amor

Imprensa que eu Gamo, e como!
Em Laranjeiras quem dá ordem é o Rei Momo
Sarney de novo, mas que mancada
Lá em Brasília tá faltando sapatada





Uma peculiaridade do carnaval carioca são os blocos de rua. (A-do-ro.) Este bloco, por exemplo, é formado por jornalistas (hehehehe). A saída do bloco é no bairro de Laranjeiras e pelo que sei, como ordem da Prefeitura, os horários de saída dos blocos não podem ser divulgados, que é uma medida para evitar que um único bloco tenha um número absurdo de seguidores foliões (o Imprensa, segundo informações divulgadas, saiu no último dia 7/02, com 8 mil pessoas), causando tumultos e atrapalhando o trânsito nos bairros.
É um carnaval democrático, diferente do carnaval de Salvador, por exemplo, por que as pessoas têm a liberdade de usarem a fantasia que quiserem, sem precisar pagar camisa para sair nos blocos; então é como os antigos bailes, só que o povo está pelas ruas e cada um com seu estilo, compartilhando sua alegria e na maior paz, e suas brincadeiras saudáveis, pois a única regra é se divertir.

Então, dedinhos indicadores em riste e caia na folia!




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tem gente que pega uma coisa grandiosa e reduz a nada

Mais um caso horrendo na mídia sobre os trotes universitários. Nunca vi noticiado na Bahia sobre um caso desses, de tanta violência.
Quando passei no vestibular de uma universidade particular em São Bernardo-SP, em 2001, me lembro bem de não ter passado por nenhum vexame, até porque a própria instituição não tolerava esse tipo de "comemoração". E também em 2008, já aqui em Salvador, não passei por nada constrangedor. Acho que somos um povo educado nesse sentido, o que me dá um certo orgulho.
Seria preconceito de minha parte dizer que só podia ser coisa de paulista?

Há mil maneiras mais saudáveis de passar um trote, que não incluem o constrangimento. Tanta atividade mais humana, e feliz. Os amigos de meu irmão rasparam-lhe a cabeça, uma das coisas que eu sempre soube que se fazia. Agora é essa bagunça, esse desrespeito. As pessoas perderam o senso da responsabilidade; quem mais acharia interessante invadir um hospital onde se faz residência e caçoar de pacientes, gritar bêbado pelos corredores? Quem mais acharia engraçado afogar um jovem na piscina? O Brasil é um país de memória curta, e os memoráveis não acrescentam em nada a vida neste mundo.






sábado, 7 de fevereiro de 2009

Na esfera do jornalismo, corre à boca pequena que, a grande Rede de Televisão Ratzinger já vai começar a banir notícias favoráveis a Lula para apoiar a campanha a favor de José Serra.

Lula - sem falar inglês nem francês é o único político latino-americano na lista da revista "Newsweek", apareceu à frente do Dalai Lama e do papa Bento XVI (olha o Ratzinger de novo! rs). Tá legal, tá legal, ele não é importante porque uma revista disse que ele é poderoso.
Lula, o brasileiro. É assim que nosso presidente é conhecido no mundo.

Bem, se a Toda Poderosa Rede Ratzinger desde sempre já não o faz, imagina essa. Não podia ser diferente. Querem sempre derrubar um presidente, e chamam isso de fazer cumprir seu dever social de informar e formar opiniões.

Apesar dos problemas e da crise, Lula ainda está na casa dos 80% em popularidade, segundo a pesquisa CNT/Sensus. E aquele jornal da madrugada da Toda Poderosa Ratzinger (muito menos qualquer outro apresentado pelo casal sensacional) nem sequer comentou uma nota sobre.

Difícil abrir o olho de uma nação inteira, uma classe mérdia, que acha que sabe o que está dizendo, que pensa que não está sendo manipulada, que tem realmente opinião própria sobre o que está acontecendo em seu país.

Difícil é engolir que para contratar uma babá, uma professora maternal, uma secretária, uma gerente, olha-se para sua cor de pele. Difícil é engolir uma rejeição às cotas.

Eu só tenho a afirmar o seguinte: parei, e faz tempo, de assistir soberanamente à grade jornalística de apenas uma emissora. Muitas vezes o que em uma se omite, na outra se esplana geral. Se liga!

É óbvio ululante que eu sei que esse tipo de atitude soberana da tal emissora Ratzinger é notícia veeeeeeelha, mas eu também quis falar sobre, porque de alguma forma me incomoda, e ponto.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Se liga!

Salvador, a cidade do caos popularesco.
Lia o jornal on-line, como de costume e me deparei com uma questão um tanto quanto batida entre os entendidos do meio da Comunicação (e, que para fazerem média com internautas, lançam espaço para esse assunto): o telejornalismo popular.

Esse tipo de "compromisso com o povo" a que a TV brasileira se lança em nome de IBOPE, já tem um histórico que começa mais ou menos por ali em 1930. "O homem do Sapato Branco", "Aqui e Agora" (com Gil Gomes), Cidade Alerta, etc. E aqui na Bahia temos o "Que Venha o Povo" e o "Se liga, Bocão".

Entre os problemas do cotidiano, os programas se baseiam no sensacionalismo da notícia. Tudo vira escândalo; qualquer coisa vale para mostrar ao telespectador o quanto ele tem que se indignar ou não diante do que é mostrado, divulgado. Uma discussão entre vizinhos, denúncias, reclamações às mais diversas situações a que o povo está sujeito, é o que faz esse tipo de programa render frutos de paternalismo/assistencialismo para com o menos favorecidos social e economicamente.

O que eu percebo é, que nesse "fórum de discussão" a respeito da qualidade da programação da TV baiana, que muitos enchem a boca para falar mal, criticar a iniciativa de TV's sujeitarem o povo a esse tipo de promoção da desgraça alheia. Mas também não paramos para refletir que é mais complexo do que se pode imaginar, ou mais simples, a depender do ponto de vista.

Se todos tivessem acesso a educação, saneamento básico, melhoria na qualidade de vida, oportunidades reais de emprego, qualificações a essa gente, tudo funcionaria de outro jeito. Porque esses programas sobrevivem de uma certa "ignorância" das pessoas, então não é vantajoso mexer muito naquilo que está funcionando.

O que se pode discutir então é, até onde vai a liberdade de imprensa. Até que ponto mostrar imagens fortes - cadáveres, estupro, pedofilia, brigas, consumo de drogas, bandidos presos é válido. Eu acredito que a TV ainda tenha muito que se reformular. Mesmo que essa mídia se diga reflexo da sociedade, e que seja; defendo que esse reflexo seja de uma forma mais delicada, mais séria, mais compromissada.