quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tem gente que pega uma coisa grandiosa e reduz a nada

Mais um caso horrendo na mídia sobre os trotes universitários. Nunca vi noticiado na Bahia sobre um caso desses, de tanta violência.
Quando passei no vestibular de uma universidade particular em São Bernardo-SP, em 2001, me lembro bem de não ter passado por nenhum vexame, até porque a própria instituição não tolerava esse tipo de "comemoração". E também em 2008, já aqui em Salvador, não passei por nada constrangedor. Acho que somos um povo educado nesse sentido, o que me dá um certo orgulho.
Seria preconceito de minha parte dizer que só podia ser coisa de paulista?

Há mil maneiras mais saudáveis de passar um trote, que não incluem o constrangimento. Tanta atividade mais humana, e feliz. Os amigos de meu irmão rasparam-lhe a cabeça, uma das coisas que eu sempre soube que se fazia. Agora é essa bagunça, esse desrespeito. As pessoas perderam o senso da responsabilidade; quem mais acharia interessante invadir um hospital onde se faz residência e caçoar de pacientes, gritar bêbado pelos corredores? Quem mais acharia engraçado afogar um jovem na piscina? O Brasil é um país de memória curta, e os memoráveis não acrescentam em nada a vida neste mundo.






1 comentário :

(Camila Mandarino) disse...

Muito legal.
Realmente esses trotes passam dos limites do absurdo. Houve um pequeno epis´dio lá na facul, mas infinitamente menos grave do que queimar uma garota grávida.
É pra se analisar: supõe-se que pessoas com um maior nível de escolaridade tenham um senso de humanidade maior, tenham mais bom senso.
No entanto, vemos que não é bem assim. Universitário pregam trotes de mau gosto e até matam índios ou mendigos que dormem nas ruas. Matam, inclusive prostitutas. Tudo como maneira de hierarquia. Os veteranos sentem superioridade em relação aos calouros, jovens de classe A e B sentem-se superiores em relação às outras pessoas.
Falta bom senso no ser humano, afinal.