quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Crônica

Fazendo um paralelo entre o conto "Pai contra Mãe", de Machado de Assis, e o filme "Quanto vale ou é por quilo?"(2005) do diretor Sérgio Bianchi, adaptado do conto de Machado.







Quanto vale um pé quentinho?

Uma hora tem que começar, talvez agora seja a hora, ou não.
Para que tanto exagero se isso é só um artigo? Mostrar aos outros o que você sente em relação ao mundo.
Exposição que rima com inibição, apesar da contradição.
Mas o importante são as ações.
Falar sobre as intrigas e a ausência de gentileza. Paciência. Paciência. Paciência. A vida não pára. Salve Lenine e a música que me acalma um pouco, com a letra de alguém que entende o mundo. O que falta nele é: tolerância. E da minha parte, há a busca. Acho que o tempo de delicadeza é cheinho de paciência pra todo mundo. Mas creio que, o que falta no mundo, primordialmente, é isso: gentileza.
A pessoa passou três anos e meio dentro de uma faculdade, estudando, obcecada por tirar boas notas, fez (quase) todos os trabalhos dentro dos prazos, (quase) nunca faltou, estuda o que gosta e o que não gosta, acreditando que vai se tornar assim uma pessoa menos medíocre.
E tem o Miguel. E outros moleques tão iguais quanto.
Miguel, um menino magrelinho, que me vendeu bala na rua.
Perguntei o que ele queria ser quando crescer.
Disse-me: "O que for mais fácil..."
(ploft!)
Daí, insisti: "Mas qual o seu sonho?"
(ploft!)
"Meu sonho é ser escritor", disse com um sorriso que rasgou minha cara.
E sabe, eu sentaria com ele e conversaria por horas. Tomara que ele esteja dormindo com os anjos (deveria ser proibido as pessoas destruírem nossos sonhos).
Para mim, conversar um pouquinho com ele foi um momento de delicadeza, de ingenuidade e de tentativa de construir um mundo melhor. Rindo sempre, com a leveza de ser criança.




Sem comentários :