terça-feira, 8 de abril de 2008

Filme: A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005)

(Elenco: Johnny Depp, Freddie Highmore, Helena Bonham Carter, Jordan Fry, Garrick Hagon, Stephen Humby, David Kelly, Christopher Lee, Missi Pyle, Annasophia Robb, Deep Roy, Harry Taylor, Noah Taylor. Direção: Tim Burton Produzido por: Brad Grey, Richard D. Zanuck)

Para a nova versão deste clássico da Sessão da Tarde, o diretor de cinema, Tim Burton, quis fazer uma versão mais próxima do livro, escrito por Roald Dahl, mais excêntrica, e um tanto quanto sombria, com Johnny Depp assemelhando-se ao seu personagem do filme Edward Mãos de Tesoura. Portanto para começar a assistir tem que esquecer da primeira versão (1971).
O menino Charlie Bucket é o personagem central. Menino pobre porém muito educado e centrado nos valores sobre o ideal de uma família unida, que mora com seus pais e avós, em uma casa humilde, torta, caindo aos pedaços. Um de seus avôs, Joe Bucket, já trabalhou na fábrica de chocolate existente na cidade, e contava para seu neto histórias encantadoras sobre o seu funcionamento.
Charlie era fascinado e movido pela costumeira curiosidade infantil, e tem o sonho de um dia poder conhecer seu interior. Vê essa oportunidade, quando o dono da fábrica, o então misterioso Willy Wonka, resolve fazer um concurso com vale-brindes - ao total de apenas 5 - embalados junto ao chocolate (para quem lembra do chocolate Surpresa, eis uma idéia), com crianças sorteadas para visitar a sua fábrica, - o chocolate Wonka Bar é uma mania mundial - demonstrando-se o significado da tão falada globalização em um de seus aspectos: a cena inicial, dos caminhões vermelhos em meio a uma cidade coberta por neve, saindo da fábrica para fazer entregas, nos remete a uma grande marca de refrigerante, que a exemplo de comercialização, tem seu nome mundialmente conhecido, e que ainda assim guarda o grande segredo de sua fórmula.
Nessa expectativa já esperada, Charlie consegue o muito procurado vale-brinde, e com seu vovô Joe, vai em busca do curioso mundo dos doces. É no decorrer do passeio na fábrica que será escolhido o herdeiro da empresa, sem que as crianças e seus acompanhantes saibam disso.
Fica explícito no filme, uma mágoa por parte do chocolateiro, com relação ao seu pai, mostrando em diversos flashback's, como o Dentista o reprimia para que fosse sempre uma criança saudável. Logo no início do filme com Wonka em um desses flashes, um doce que havia sido jogado na fogueira por seu pai é relembrado pelo chocolateiro quando ao abrir a grande porta para os sortudos visitantes numa animada recepção com bonecos coloridos, ocorre um curto circuito fazendo a animação pegar fogo.
Wonka já demonstra que não sabe lidar com sentimentos, e que está muito traumatizado, tendo sua fábrica hostilizada por crianças de maus hábitos - inclusive reforçados pelos responsáveis. Claro, com a oportunidade de se "encontrar" em um ambiente onde tudo é comestível, é possível que qualquer pessoa aja de forma pecaminosa diante de tanta tentação e ainda pague um preço por isso; justamente assim é que Wonka faz, de forma previsível, com seus ajudantes Oompa Loompas, uma seleção para escolher finalmente o seu herdeiro.
O grande vencedor, Charlie, o menino pobre dotado de esperança em dias melhores é o responsável pela humanização do dono da fábrica, o que nos faz pensar naquela Máxima de pensar o mundo com os olhos de uma criança.



1 comentário :

Vaninha® disse...

A primeira versão é muito melhor...