terça-feira, 29 de abril de 2008

Resenha: Blade Runner (1982)

Blade Runner (o caçador de andróides) é um filme norte americano de 1982 , o primeiro do gênero ficção científica que aborda a relação homem x máquina.
O filme se passa na cidade de Los Angeles, em novembro de 2019, quando a humanidade inicia a colonização espacial, para qual são desenvolvidos seres geneticamente modificados.
A produção desses seres ficava sob responsabilidade da Tyrell Corporation, que tinha como objetivo produzir andróides “mais humanos que os próprios humanos”. Porém esses andróides tinham tempo de vida limitado à 4 anos, o que despertou em alguns deles revolta.
Surge então o confronto criador x criatura: há um trecho do filme onde o lider rebelde dos replicantes – nome que foi dado aos andróides – questiona seu criador com relação à essa limitação de vida. Esse o responde que no momento da sua produção seu tempo de vida já é programado, sendo assim não pode ser alterado. Dessa forma o coloca novamente na sua condição de máquina, o que contrasta com seu desejo de sobrevivência.
A visão futurista do filme mostra uma realidade desvinculada da natureza, não há resquícios de ambientes naturais. O filme se passa num ambiente urbano, com pouca luminosidade.
No filme há um paradoxo: de um lado as relações humanas diminuem, como se todo avaço tecnológico tendenciasse os humanos a se afastar um dos outros, por outro lado, os replicantes se apoderam da capacidade de se emocionar, característica humana, para manipulá-los.
Outro fato que chama a atenção é que apesar de geneticamente modificados, os replicantes são fisicamente tão frágeis quanto nós, pois são retirados – eliminados -com as mesmas armas com que os humanos seriam.
O conflito do filme surge no momento em que o replicante tem um desejo semelhante aos humanos de prolongar seu tempo de vida, assim como nós buscamos o auxilio da ciência, os andróides buscam alternativas para afastar o final da sua existência.




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