terça-feira, 19 de junho de 2018

Vento assobia

Vida que segue aqui na Bahia, adaptando meu dia-a-dia na casa de meu pai, onde optei por ficar até o dia 7 de julho (viagem para o Rio de Janeiro). É outono. Hoje o céu está azul, o sol batendo mediano e o vento assobia frio no meu rosto enquanto estou na praia. Estiquei o kaftan na areia e tentei não pensar em trabalho ou redes sociais. Apenas desejei torrar no sol. 

A vida é um mistério e eu não tenho nenhuma receita para a felicidade. Eu tenho me sentido bem até. Estou distante de não sofrer, ou de não me afetar, de não me frustar, ou de não me abalar com o mundo à minha volta. Ou com a minha própria história, com o meu passado. Uma vez li que as merdas do passado são como uma pedra pesada, se você não souber como largá-la, uma hora ela irá te afundar. Na minha vida, eu já perdoei e deixei ir muita coisa. Mas de tempos em tempos eu entro num buraco, onde moram as tristezas e onde eu me sinto absolutamente só.

Mais tarde, uma olhada no computador. Criar e postar. Pesquisar uns filmes para baixar. Guardar o sono para a noite. É vidinha de rotina, mas enxergo e agradeço o que a gente tem na vida, e não o que ainda nos falta. 

Itapuã
Salvador, Bahia, 2018.

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