sábado, 10 de março de 2018

Depois de alguns meses vivendo na casa do meu namorado no Rio, finalmente voltei pra casa na Bahia. Nesse período, eu devo ter sentido mais coisas do que senti em todo o ano que já se passou. Uma coisa acontecendo atrás da outra. Das mais tristes, às mais alegres. No meio de todas elas, eu, tentando manter a calma e aproveitar o que tava ali pronto pra ser vivido. Teve dia que não deu, mas esses foram poucos.
Cheguei num sábado à noite, com uma lista imensa de coisas pra fazer: até seria ok fazer depois (mas para mim não porque é angustiante saber que o banheiro não tá limpinho ou que já tá dando pra morar dentro do armário de comida). Estava me sentindo triste pelo silêncio e solidão repentinos… E por falar em deixar pra depois, eu sempre amei ler, mas recentemente meu ritmo diminuiu. Finjo que não tenho tempo e ocupo todo espaço livre com outras futilidades. como beber café, por exemplo. Tem um certo glamour em beber café e que eu confesso que adotei pra mim. Quando bebo exageradamente, eu oscilo entre querer publicar um livro e salvar o mundo.
Desde que meu namorado decidiu passar as férias dele aqui na Bahia (já que não aguentamos muito tempo de saudade, como sempre), os dias passam devagar, - o dia de sua vinda se arrasta como um jabuti cansado. Troquei alguns móveis de lugar algumas trocentas vezes, vejo filmes antes de dormir para acelerar o sono, fiz uma faxinaço no apartamento, descobri que não tinha internet em casa e já passei mais cafés do que eu provavelmente deveria.
Atualmente ocupo sozinha o apartamento. Estou naquela ansiedade pela vinda do namorado, porque vou me teletransportar para todas as vezes que eu viajei para estar perto dele, encaixada na rotina dele. E aqui vai ser igual, mas um tanto diferente. Ele vai me conhecer mais, talvez prestando um pouco mais de atenção nas coisas que eu faço, do jeito que eu faço. Serão apenas duas semanas, mas espero que ele goste e que queira voltar mais vezes. E nessa ansiedade toda, forçar uma imagem super madura quando dentro da gente tá tudo confuso não significa nada.

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