sábado, 10 de março de 2018


Quero te dizer que amo e sinto falta da insistência em certos carinhos tão seus. Amo, quando mesmo entre amigos e cervejas, pegas minha mão. Eu gosto de ver seus olhos abertos, divididos entre me fitar de soslaio e prestar atenção à conversa das pessoas na mesa que estamos. Penso: Sou feliz. Gosto principalmente de você correndo atrás de mim numa rua alagada, no meio de uma chuva infernal pisando nas poças pra me molhar irritantemente às gargalhadas. Lembro disso agora, sozinha neste quarto e o travesseiro, que não estamos dividindo, riu como se fosse você, bem da minha cara. Só consigo te odiar pelas faltas e ausências. Pelas mulheres de antes. Odeio suas certezas à meu respeito. Te odeio pela minha insônia. Mas a verdade é que sou sim, apaixonada. Fui ensinada a não falar de boca cheia e não pôr os cotovelos na mesa. No bar, então, entre amigos e cervejas, te prometo minha mão em cima da mesa, novamente à tua espera.



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