quarta-feira, 16 de maio de 2018

Assisti ao filme (Encontros e Desencontros), que não me lembrava de já ter visto antes. Mas filme tem dessas coisas: cada vez que você assiste, se identifica de uma forma diferente. O diálogo da cena na cama me tocou bastante. Me identifiquei, me pôs a pensar. E tem toda razão. Tem dia que sou guiada pela minha cabeça que diz "sou gente grande, sei até mexer em documento". Mas tem dia que o frouxo do meu coração é quem está no comando da porra toda, e ele diz "em algum lugar do tempo e do espaço, ainda sou a garotinha comendo caranguejo catado da palma da mão do meu pai". Tenho essa dezena de anos de vida (já passei dos 30) e ainda estou meio perdida nos meus objetivos. Sem saber o que sou e o quero, exatamente. E se teimo em dizer que a única coisa que eu sei fazer é escrever, dá meia hora e já não tenho mais certeza. Não sei definir meu texto. É crônica, é Ensaio?... Sabe Deus, já que ele é quem escreve certo...
Tenho tentando praticar mais. Voltado a escrever em weblog pra temporizar meus pensamentinhos. Não prometo conseguir porque né, todos sabem que é mentira. 
Estou falhando na divulgação do meu trabalho como escritora/escrevinhadora porque não tenho tino algum pra gerência de negócios, marketing social media ou seja lá o que seja necessário para conseguir ser ao menos vista no universo em que eu acho que me encaixo. Não quero ser famosa. Mas quero ser admirada. Quero as pessoas comprando meu livro, meus artigos. Me mandando email contratando para escrever seus votos das bodas dos pais, dos avós, dos sogros. Ou me escrevendo dizendo que está ansiosamente na espera pelo próximo post. Eu tenho vergonha de ser vista. Tenho vergonha de ser reconhecida. Tenho medo da rejeição. Não quero ser vista como a escritora boçal ou pedante. Quero ser a que compreende o que escreve porque vive aquilo, acredita naquilo e assim, carrega atrás de si uma tribo de leitores legais, que te entendem e gostam da sua forma de se expressar. 

Sem comentários :