domingo, 6 de maio de 2018

Ninguém na minha família se profissionalizou como Chef de cozinha, todas as mulheres com as quais eu cresci, nenhuma delas cozinhou por prazer ou fez disso um ganha pão. Nem eu. 
Não sou chegada à rotina de cozinhar todo dia, a não ser por necessidade e sobrevivência. Mas, se tem uma coisa que eu gosto é fazer algo gostoso quando dá vontade, sem compromisso(¹). Eu adoro o ambiente da cozinha. Cozinha é a sala da casa da gente. É onde tem furdunço, onde o povo se esbarra, berra, enquanto corta uma cebola ou um fiapo do dedo. É onde se confidenciam problemas conjugares enquanto os homens discutem futebol na sala. 
Já namorei um rapaz que trabalhava como garçom (não é um trabalho direto com comida, mas, tem a função de servir pessoas!). E acho que servir alguém não tem a ver com submissão, e acho que tem muito mais a ver com a personalidade da pessoa do que uma ação robotizada. Tem a ver com gentileza, colaboração, paciência, cortesia, sociabilidade. E namoro atualmente uma pessoa que fez curso profissionalizante de Gastronomia, e que mesmo não trabalhando na cozinha desde que o conheci há três anos, traz consigo as características que citei anteriormente. Ou seja, eu atraio parceiros amorosos que entendem necessidades de outra pessoa e são mais compreensíveis a quase todas as situações na vida. 
O que eu quero dizer com isso é que, cozinhar não é só dar sustância para o corpo físico, mas é também o zêlo pelo outro. 



(¹) Tenho página no Facebook, pra compartilhar pratos que eu gosto, que eu faço ou tenho vontade de fazer, além de outras curiosidades culinárias! (Meu Tempero É Outro!

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