terça-feira, 4 de março de 2008

Escrevendo em torno do sofá e bebendo vinho ouvindo Simon & Garfunkel.
Aos 15 não imaginei que me transformaria no que sou hoje. E também não quero saber como serei nos próximos 10 anos. Se vou continuar sendo, se serei mais, se terei menos. Não me importa. Futuro, para mim, tem que ser o minuto adiante, o Presente a gente saboreia, vivencia: conversa no msn com primo que tá lá na capital do país. Lá mesmo, no Cerrado, onde pisei um dia; saudade de lá? Quase nenhuma. Mas há sempre a nostalgia. Sempre há. Ouvindo For no one faço uma oração aos deuses momentâneos. Vontade de fazer curso de Fotografia. Vontade de ficar no pertinho de alguém mesmo que só em pensamento (volte logo, moço). Desejos de realizar tanto de tudo, que esse tempo na Terra parece não ser suficiente. Mesmo que tenha que ir embora um dia, como todos os mortais, ter ainda a certeza de que serei amiga no AlémdaVida, e como mera troca, escutar de presente: serei se você for.
Obrigada.
Ouvindo Gavin Degraw na 2a taça. Hoje me perguntaram se eu já frequentei Igreja e se eu sou, assim, como dizer, uma "desertora". Eu disse: Como? E me disseram que eu tinha um jeito brejeiro de quem fora cristã... Me chamando de "Carola"... Nem me incomodo. Por detrás dessa couraça tem, sim, uma pessoa doce, mas até doce demais, que não sabe se impôr; que o charme é essa passividade diante das situações.
"Eu disse: perto, e aí vi tudo looonge. Ele disse: perto. Eu disse: está certo. Ele disse: está tudinho errado...(Ah!) Ele disse: (Mayra, minha filha,) abre o olho." Sempre Gil. E junto, essa saudade de um cara fodástico que eu amo e que a vida nos afastou. Rolou um cisco: nos dois olhos. Na vitrola Everlasting love. Ouça, que só faz bem, e 'siga no rumo da manhã, rindo sozinho dos pensamentos que se tem, com festa e vinho'. Saudade essa que tem endereço certo, como dizem.
Lembra, amiga, do papo de casamentos... A minha vontade voltou, te contei, e a experiência em encontrar o vestido de noiva de minha mãe entre os seus guardados, reacendeu a ideia, porque o vestido coube di-rei-ti-nho. Ai, meus deuses!
A taça, a última, eu juro. Os cães resolvem brincar. Ouço Vilarejo Íntimo. O tempo passa, mainha em Manaus: pensamento nela.
É certo que vou ali ligar a TV, e ao fim da taça, adormecer.


(17/08/2007)


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